Atualmente, região já conta com 370 megawatts (MW) de potência em sistemas fotovoltaicos para geração distribuída.
Apesar de a Amazônia ter grande usinas hidrelétricas que geram por safra, acredita-se que a região tem um grande potencial para gerar energia solar. A conclusão foi apresentada durante o painel Infraestrutura, energia limpa e a matriz energética brasileira: investimentos e o desenvolvimento da Amazônia, durante os debates prévios do Fórum Amazônia+21, que será realizado em novembro. A região já conta com 370 MW de geração por sistemas fotovoltaicos.
Participaram do debate Márcio Takata, conselheiro da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o secretário adjunto da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Hélvio Neves Guerra, indicado ao cargo de diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Marcelo Moraes, presidente da Associação Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE) e Edson Luís da Silva, presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), consórcio que administra a Usina Hidrelétrica Jirau (UHE Jirau) no Rio Madeira (Porto Velho, RO).
De acordo com Tanaka, iniciativas estão sendo tomadas para ampliar a participação da energia solar na região. “É grande o potencial de contribuição que a tecnologia pode levar para a Amazônia”, o conselheiro da ABSOLAR. Já Hélio Neves Guerra lembrou que o Brasil tem mais de 80% de energia renovável. “Isso seguramente é um recorde. Não há nenhum país que tenha essa mesma qualidade, em termos de sustentabilidade. E o Brasil é privilegiado porque a matriz permanecerá assim no médio e longo prazos”, destacou.
Contudo, vale lembrar que, em 2029, o parque hídrico do país terá sua participação na matriz energética reduzida dos atuais 64% para 49%. “Isso representa um ponto de atenção, porque tem custo e mais emissões”, disse Marcelo Moraes, presidente da Associação Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE). De acordo com ele, dos atuais 170 giga watts (GW), 100 são gerados por hidrelétricas. “Temos fontes térmicas com participação de 14% e 22% de fontes renováveis como solar e eólica”, explicou.
Além desse fator, o setor eólico teve investimentos de R$ 18 bilhões. Na solar, que hoje representa 2% da matriz, já existem contratados R$ 26 bilhões até 2025, cerca de 4,6 GW, portanto a participação vai mais do que dobrar nos próximos cinco anos.
“Na Amazônia, há um mosaico de áreas protegidas, inviabilizando a exploração de recursos hidrelétricos. No país, 37% do território nacional é protegido, são 450 reivindicações de terras indígenas”, pontuou Moraes.
Em novembro do ano passado, o Sebrae realizou um evento e a grande conclusão foi: com um dos maiores potenciais de desenvolvimento de energia fotovoltaica do Norte do Brasil, o estado amazonense mira em atrativos para trazer investidores à região. E os fatores apontados foram: amplo espaço para crescimento, incluindo o benefício da grande incidência de raios solares durante todo o ano, as dimensões continentais do estado e as comunidades isoladas do interior, além da existência, na capital, de mais de 300 residências e empresas que já contam com o sistema integrado de energia renovável com a tradicional distribuída pela Amazonas Energia.
De olho nessa oportunidade, instituições financeiras estavam dispostas a financiar o setor, oferecendo linhas de crédito. Segundo o superintendente do Banco da Amazônia no Amazonas e Roraima, André Luiz Vargas, a instituição tinha R$ 1,7 bilhão para investir no Amazonas.
fonte: portalsolar
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